Alunos e professores denunciam descaso do Governo

Gazetaweb publica matéria sobre a Uneal
A situação da Universidade de Alagoas (Uneal) em Arapiraca, voltou a indignar alunos e professores na noite desta terça-feira (09) após as chuvas caídas na cidade. No entanto, outros fatores têm desestimulado a todos, a exemplo da falta de investimento em recursos humanos.
De acordo com o professor Luiz Gomes, as condições estruturais são as piores possíveis e colocam em risco a vida de estudantes e servidores. Com as chuvas, infiltrações são visíveis, corredores e salas de aula ficaram alagados e tetos chegaram a desabar.
Para ele, que integra o Sindicato dos Docentes da Universidade Estadual de Alagoas (Sindifunesa), a situação configura uma conjuntura de sufocamento. O corte de recursos, segundo Luiz Gomes, tem provocado a saída de professores e de alunos, o que favorece o esvaziamento da instituição e, consequentemente, seu sucateamento.
Por outro lado, o professor faz um comparativo em tom de revolta. “Enquanto o governo corta o orçamento da Uneal, paralelamente oferta recursos para os times de futebol, bem como enviou um projeto à Câmara dos Deputados sugerindo a criação de um projeto de lei para o Poder Legislativo dando auxílio moradia para os secretários de Estado, ou seja, dinheiro tem, mas a prioridade do Governo não é o ensino superior e a melhor inserção dos estudantes do interior no mercado de trabalho”, conclui.
O estudante do curso de História, Jecsan Santos, também se manifesta a respeito da calamidade apontada pelo professor. “A situação a qual se encontra a faculdade é de mais completo abandono por parte das autoridades constituídas. As condições físicas do campus de Arapiraca são deploráveis, não apenas do ponto de vista estético, mas do ponto de vista estrutural. Existe o risco constante de queda da estrutura de cobertura das salas de aula e corredores. Com o corte de verbas implementado pelo governo, nem itens básicos como bebedouros existem mais na instituição”- relata o universitário Jecsan Santos.
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Congresso da CUT aprova moção em Defesa da Uneal

Ocorreu nos dias 5, 6 e 7 de junho, o 9º Congresso da CUT Alagoas, com a participação de 178 delegados. O professor Luiz Gomes, representante do Sindfunesa, foi eleito para a direção da CUT-AL e uma moção de repúdio ao corte do orçamento da Uneal foi aprovada pelos congressistas.
Moção em Defesa da Uneal
Nós delegados (as) do 9º Congresso Estadual da Central Única dos Trabalhadores de Alagoas, repudiamos o corte promovido pelo governador Teotônio Vilela Filho, no orçamento da Universidade Estadual de Alagoas, e exigimos a imediata reabertura de negociações com a comunidade acadêmica.
Maceió, 7 de junho de 2009.
9º Congresso Estadual da CUT-AL

Comunidade prestigia lançamento do Fórum Universitário

Professores e alunos de Arapiraca, Santana e São Miguel, lotaram o auditório do Campus de Arapiraca, prestigiando o lançamento do Fórum Universitário. Durante os trabalhos, a reitora Laudirege Fernandes questionou o corte do orçamento da Uneal, e disse que “Com apenas 35 mil mensal para custeio de 5 Campi, 5 pró-reitorias e reitoria, isso inviabiliza a Universidade.” O professor Luiz Gomes conclamou a mobilização em defesa da Uneal e o representante dos alunos, Nivaldo Pinheiro dos Santos, cobrou política de assistência estudantil.
As intervenções repudiaram o corte do orçamento e a política de abandono imposta pelo governador Teotônio Vilela. Uma Comissão para organizar o Fórum Universitário, que será realizado em setembro foi eleita pela comunidade.

Assembléia Legislativa rejeita projeto de auxílio-moradia

A Assembléia Legislativa de Alagoas (ALE), por maioria dos votos, rejeitou projeto de autoria do Executivo que previa a concessão de auxílio-moradia (no valor de R$ 1,5 mil mensais) para os secretários de estado, que recebem como salário, mensalmente, R$ 6 mil. Dos 16 deputados presentes à sessão no momento da 1ª votação, 11 votaram contrariamente à proposta. Votaram a favor: Alberto Sextafeira (PSB), Sérgio Toledo (PMN), Jota Cavalcante (PDT), Zé Pedro (PMN) e Ricardo Nezinho (PTdoB).